Barrigudos

Lição do dia: “A melhor roupa é a mais fácil de tirar.”

Barrigudos

A frase acima parece ter partido de uma striper, mas veio de um pai que tem que trocar seu filho várias vezes ao dia.

Roupa de bebê deveria ser algo simples, que pudesse ser trocada com rapidez, sem que você tivesse prática nem tão pouco habilidade.

Mas não. Os sádicos designers da moda infantil inventam fechos variados, cortes transversais e mangas que parecem um treinamento para contorcionistas.

Meus dedos se embaralham tanto naquelas dezenas de colchetes que um dia darão um nó que só se resolverá com a amputação.

Matias está apenas há duas semanas em casa, mas já troquei tantas fraldas que apenas olhando para um body já sei quanto tempo demorarei para tirá-lo e colocá-lo. Apenas pelo corte do macacão já dá para saber se ele é simples como a calça do Hulk ou mais complexo que a armadura do Homem de Ferro.

Eu e Rita percebemos que as roupas mais espertas são aquelas que têm apenas os botões necessários e um corte que permite que você troque o bebê rapidamente, sem que ele fique nervoso e comece a chorar de desespero.

Por uma grande coincidência, estas logo se tornaram as mais usadas.

Em nossas compras iniciais, pensamos na beleza, na maciez e, é claro, no preço. Foi um engano. Beleza é fundamental, mas tirar a roupa rápido é mais importante. Doravante minha preocupação será na trocabilidade da roupa.

Como disse o filósofo tibetano Neng Nem Zing, “As roupas de uma criança devem ser como uma casca de banana para tirar e como um preservativo para colocar”.